“Única” é, até agora, a única música inédita (salvo os trocadilhos desse texto) do reencontro de Leonardo, Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano, reunidos para uma turnê de 20 anos do clássico show Amigos. É curioso o começo da faixa, com passarinhos cantando, viola caipira e eles cantando que “feito flor do mato, nossa história tem raiz”. A referência a um “sertanejo raiz” seria absurda no auge do sucesso deles, no começo dos anos 90.
Os Amigos adotaram muita coisa do pop rock e do country americano, como aqueles solos de guitarra, e não eram vistos como “raiz” nesse período todo. “Bom mesmo era na época do Tonico e Tinoco, ou da Inezita Barroso”, diria um tiozão naqueles 20 anos atrás e que ainda torcia o nariz para aquele novo sertanejo da época.
Se eles são de raiz ou não, o veredito é relativo. E, na verdade, não importa. Mesmo que seja tardiamente, é bom que eles conseguiram juntar admiração e respeito. A música é emocionante e mostra como os Amigos estão 20 anos depois.
Os mais veteranos estão mais afiados. Chitãozinho e Xororó não só se destacam na voz como são os únicos co-autores da música, junto com a dupla Tonny e Kléber.
A voz do Zezé di Camargo, infelizmente está combalida, mas ainda bem que Luciano segura as pontas na dupla, fazendo muitas vezes o papel de 1a. voz. Agora a voz de Leonardo está cada vez mais grave e rouca, mas tem seu charme mantendo o ritmo de mudança do agudo ao grave.
E quem só viveu a era do chamado “Sertanejo Universitário” até agora quando se fala de música sertaneja, chegou a hora de esperar mais uns bons 20 anos para o pessoal dizer que tem “Saudade do sertanejo raíz de Jorge e Mateus, Luan Santana ou Gusttavo Lima”.
Confira como ficou a faixa abaixo:
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“Única” é, até agora, a única música inédita (salvo os trocadilhos desse texto) do reencontro de Leonardo, Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano, reunidos para uma turnê de 20 anos do clássico show Amigos. É curioso o começo da faixa, com passarinhos cantando, viola caipira e eles cantando que “feito flor do mato, nossa história tem raiz”. A referência a um “sertanejo raiz” seria absurda no auge do sucesso deles, no começo dos anos 90.
